(Morte ao animal que plagiar a minha fotografia sem autorização).
Sentia algo de profundamente inquieto,emoções contraditórias, lúcidas ou não.
O tempo passava rapidamente esvaindo-se entre as minhas mãos como grãos de areia numa praia deserta... deserta de tudo, sem nada a ansiar ou a lamentar.
Um vazio, doloroso e doentio que se instalava por dentro de mim e á minha volta, cercando-me com sentimentos vagos e privando-me de qualquer sentido de realidade, traindo todos os meus desejos e ansiedades. Reparei que me esquecia de mim,do meu ser e vageava ao sabor dos ventos e marés incalculáveis e implacáveis, muito para além do que aguentaria.
Dei comigo a questionar-me...a gerir situações que me escapavam, a buscar alguma claridade intensa e repentina dentro do meu corpo. Como sair deste "atoleiro" emocional e, enfim, soltar-me, voar para longe e fugir da minha consciência que inconscientemente me inquietava.
Era assim que me sentia naquele dia, um dia igual a tantos outros cuja única diferença residia na minha automutilação, um masoquismo estranho ao qual eu não estava habituada e que, sinceramente, me repudiava fortemente.
Abri os olhos e a luz invadiu-me as pupilas. O sol abraçou-me e cantou-me ao ouvido uma canção de vida que merece ser vivida...então sim, deixei-me ir...e fiquei no aqui, no mesmo lugar onde estava momentos antes, com a nítida sensação que nascia uma pessoa renovada para um novo amanhecer.
Resolvi esquecer...assumi querer muito mais para aquele dia..
Decidida, "recostei-me" na cama e comecei uma viagem fantástica...
[gosto de fechar os olhos, fugir no tempo, de me perder,
posso até perder a hora, mas sei que já passou das seis.]
O mais curioso é que fartaste-te de andar à deriva e passaste à deriva sonhar.
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