Queria ter alguem à minha espera,
não num sitio qualquer mas ali como "de costume"..
É curioso como não sei dizer quem sou.
Quer dizer,sei-o bem,mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer,porque no momento em que tenho que falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que digo..ou pelo menos o que me faz agir não é o que eu sinto mas o que eu digo. Sinto quem sou e a impressão está alojada na parte alta do cérebro,nos lábios-na língua principalmente-,na superfície dos braços e também correndo dentro,bem dentro do meu corpo,mas onde,onde mesmo..eu não sei dizer.Quer voltar a voar dentro de mim. Sentir as 8 borboletas na barriga e dar tanto de mim como sinto que tenho para dar. É de mim,vem de dentro. Pertenço a estas artes e assim me manterei..
-Assim digo: "Eu não sou eu. Nem sou o outro;Sou qualquer coisa de intermédio". "The true artist helps the world by revealing mystic truths"
Era um vidro quebrado no meio do chão,pois a Alice passou para o outro lado do espelho e não voltou. Temos pena Alice. O ratinho saltitão encontrou o seu caminho até á ratoeira,por entre pedaços de queijo francês. Estava bolorento,o queijo. E o ratinho morreu,porque é sempre o rato a morrer nestas histórias. O Pequeno príncipe deu um beijinho á princesa e foram os dois caçar rãs e o cavalo branco,regalia de todos os príncipes,seguiu-os devagar,olhos fechados para não ver o caminho. E o gato sorriu. E em nenhum momento, antevejo bem o final desta história. Visiono como aquele quadro pintado pelo homem louco. E todos sorriem,no quadro. Todos pintam e todos sorriem. Menos o homem louco. O homem louco segura o pincel e não sorriu.Pinta traços furiosos na brancura colorida da peça. E não sorri. Os lábios murmuram um nome que não existe já.E o pincel abranda.Pega na tela e atira-a ao fogo. O homem louco sai de casa e senta-se debaixo de uma macieira. Pega numa maçã e dá uma dentada. E fecha os olhos. E sorri]
"Já temos muita gente a dizer como são as coisas,agora fazia falta alguém que dissesse como elas podiam ser" Robert Orben