Ao procurarmos por algo, caminhamos sempre com uma ideia bem definida do que queremos, pois é isso que define a procura. Se o tivermos perdido, sabemos exactamente o que é. Se nunca o tivermos tido, também o sabemos pois já o idealizamos mil vezes. Seja como for, o acto de procurar pressupõe sempre o conhecimento daquilo que se quer. Quando paramos a busca pois pensamos ter encontrado aquilo que se estávamos a procurar, é impossível não nos sentirmos decepcionados. Não há nada que se encontre que consiga equiparar-se ao que se idealizou mil vezes durante a procura. O simples acto de procurar, diminui por completo o que acabamos por encontrar.
Em vez de caminhar, procurando pela reprodução física do ideal formado, prefiro deambular sem segundas intenções. Caminhar por caminhar, e colher o que me aparecer pelo caminho...
Sometimes I wondered if I was seeing the same things through my eyes that the rest of the world was seeing through theirs. Maybe there was a glitch in my brain!
Um dos maiores erros humanos é mesmo esse: o de idealizar relações, antecipar coisas... quando as coisas acontecem de forma natural, sem segundas intenções, sabe muito melhor colher as coisas e sabe melhor ainda saber que são naturais e não forçadas.
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